Alessa
Coube à grife Alessa a responsabilidade de abrir a 19ª edição do Fashion Rio, edição verão 2012.
Intitulada ‘Relíquias, e inspirada no universo das preciosidades, a Alessa trouxe para apassarela uma coleção bastante decorativa, onde o máxi reinou.
O brilho conferido à coleção – graças à aplicação de paetês, canutilhos e pedraria – foi o grande destaque.
A modelagem em geral é um pouco ampla, com muitos caftans estampados, macacões bordados e vestidos de cintura marcada – evasês e também mais ajustados, em comprimento midi e curto e longo.
Entre os tecidos, encontramos o crepe de seda e o cetim.
Não passam despercebidos também os acessórios desfilados pela grife, feitos de material reciclado. Chapéus, óculos com desenho barroco e brincos enormes e coloridos fecham com o máximo em cor e expressão da coleção.
Acquastudio
Existe uma questão que permeia a moda atual: em relação à formas e modelagem, ainda há algo a ser criado? Ou tudo que estamos fadados a fazer é revisitar o antigo?
Apesar de ter inspiração no passado – no movimento cubista e na estética Art Déco -, é preciso valorizar o esforço constante de Ester Bauman de fazer diferente. O foco tem sido o mesmo que de outras coleções – uma arquitetura do vestuário.
Dessa vez, as roupas de festa ganham modelagens mais retangulares, triangulares e em formas de trapézio, ora retas, ora sobrepostas, num esforço pelo tridimensional – como não podia deixar de ser, tendo em vista o cubismo.
Entre os tecidos, encontramos organza, gazard, tule de algodão e teares manuais e na cartela de cores, a predominância da suavidade com blush, melon, acqua, vanilla e preto
Melk Z-Da 
O desfile da Melk Z-Da no Fashion Rio apresentou uma moda austera e conceitual, com predominância do branco. A cor neutra apareceu em absolutamente todas as peças exibidas na passarela. Já as estampas eram praticamente nulas e, quando apareciam, não eram o tema principal do look: listras mesclando azul com branco ou vermelho com branco. Para dar coloração, aplicações em plásticos verdes e vermelhos lembravam gotas e geravam um contraste chamativo.
A maneira que o estilista encontrou de fugir das estampas lisas foi através da textura, com aplicação de trabalhos em nervura com desenhos de folhas de árvores. Os tecidos apresentados são leves e confortáveis - algodão, organza e voil -, assim como o corte, que é folgado em shorts e vestidos. Para dar ainda mais frescor à estação mais quente do ano, Melk Z-Da propõe a exibição de alguma parte do corpo: colo, costas, pernas, lateral da barriga (mas nunca ao mesmo tempo, vale lembrar), sempre combinando com uma sandália rasteira... branca!
Patachou
O design charmoso e adornos luxuosos do Edifício Biarritz, construído nos anos 40, com base em inspiração francesa, e que remete ao movimento Art Déco foi o ponto de partida para a coleção de verão da Patachou.
Érika Frade arriscou, ao apostar no trabalho bordado, nas texturas conferidas pelos tecidos com relevos (piquê e casa de abelha) e em alguns aspectos da modelagem, que faziam algumas peças parecerem pesadas para uma coleção de verão.
O conjunto, porém, criou uma sofisticação interessante, e a combinação de estampas deu certo, apesar de inusitada.
As flores estilizadas e de curvas sinuosas apareceram num bonito trabalho de bordado industrial, mais urbano, e também mais romântico, através do estilo handmade.
Tecidos como sedas, cetim lavado e renda chegam no verão da Patachou com tucanos geometrizados em diferentes combinações de tamanho, em repetição e em cores vibrantes, formando saias, vestidos e macacões levinhos.
Uma coleção muito bonita e que, apesar de variada, conseguiu um todo bastante harmonioso.
2nd Floor
Estreante na semana de moda carioca, a 2nd Floor trouxe de São Paulo a identidade jovem que a marca sempre tenta reforçar durante as apresentações. Para o verão 2012, o estilista Thiago Marcon (que encerrou o primeiro dia de desfiles) foi buscar na Grécia a inspiração da coleção e mesclou tais referências com o universo do rock. O resultado visto na passarela (com modelos que saíam de um Cavalo de Tróia dourado) foi uma leva de roupas e acessórios feitos de color jeans, uma tecido bem desbotado, quase branco, que surgiu nas camisas, jaquetinhas, calças skinny, mochilas. A moda é praticamente unissex.
Quando o jeans deu espaço aos outros tecidos, surgiram looks estampados, principalmente os florais (nos tons rosa, azul e amarelo), peças de sarja camufladas e camisas de tela. Especificamente para as meninas, os vestidos e as saias têm corte evasê, que ganharam detalhes plissados com panos leves e estampados. E o rock and roll? Ficou por conta dos penteados dos meninos, as tachinhas nos acessórios, principalmente nos cintos, e dos modelos de óculos de sol usados por eles.
Os indies que também gostam de chamar um pouco a atenção da sociedade, mesmo não querendo, são pessoas que tem um gosto meio ‘antigo’, seu lugar preferido para comprar não é o shopping, e sim o brechó, é um estilo com quase tudo bem retrô, procurando fugir um pouco dos padrões e das tendências da moda.
Os cabelos são sempre inspirados em cortes ‘sessentistas’, inspirados em bandas londrinas, são cortes sem sincronismo, e bem desfiados para os meninos, e as meninas também com franjas nada certinhas e as vezes bem retas, e claro, o coque, o que chamo de COQUE INDIE, aquele que não é certinho, e sim meio ou totalmente bagunçado, com aparência de que acabou de acordar, só amarrou e saiu.
Os acessórios da que a moda indie não dispensa são: óculos, o mais ‘hipster’ possível, chapéus, botas rasteiras, estampas xadrez (que vem da influência da moda grunge), cachecol, estampas bem ‘animadas’, blusas mais surradas, anéis, franjas nas roupas e nos acessórios (bolsas, botas, colares, jaquetas), jeans com aquela cara de MUITO old, blazers, e os sapatos podem variar entre mocassin, oxfords, tênis da Adida, que é uma das marcas preferidas dos indies, e ate aqueles sapatinhos (que eu acho lindo, e preciso de um) 
É um estilo que me agrada, por não ser totalmente baseado em tendências, eu amo esse clima retrô/vintage nas roupas e gostaria muito de usar mais peças assim nos meus looks, e aqui não tem muito isso, de procurar brechós e achas peças antigas legais, com uma cara de indie, INFELIZMENTE! E o estilo não se limita so ao gênero musical e as roupas não, as pessoas dizem que existe, fotografia, edições de fotos indie, filmes indies, decorações, entre outras coisas. 
